quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Amor que não se cansa de amar

Boa tarde blogueiros! ;D Hoje trago um texto de um "ex-sempre-Pejoteiro" que agora é Missionário da Comunidade Católica Shalom. Na PJ² ele sempre teve um papel fundamental e sempre que pode contribui para nosso crescimento, seja em uma conversa, em uma formação, seja como for...ele sempre está presente. Esse é um artigo de Leonardo Tertuliano. ^^

Uma vez, em uma das reuniões da Comunidade, tivemos uma pregação sobre “Intimidade com Deus” dada por uma consagrada da Comunidade Shalom. Lembro-me o quanto fiquei tocado com essa pregação. Nossa irmã de Comunidade nos falava de uma experiência que ela vivera durante uma confissão, na qual o padre e ela fizeram juntos uma releitura do momento em que Adão e Eva pecaram e de como Deus reagiu naquela ocasião.


O padre a perguntou como ela imaginava a reação de Deus no jardim, depois de saber que Adão e Eva tinham pecado. Ela respondeu, se não me falha a memória, que Deus teria entrado “chateado”, “triste”, porque eles O tinham desobedecido. Porém o padre respondeu que ela estava enganada.

Quando Deus apareceu no jardim, apareceu apressadamente, correndo, mas não “chateado” ou “triste” porque seus filhos haviam pecado. E sim, porque sabia que os seus amados filhos, criados à sua Imagem e Semelhança, estavam em perigo, por terem rompido com o Seu plano de Amor para eles, correu para socorrê-los. E qual foi a reação de Adão e Eva? Esconderam-se, achando que Deus ao entrar no jardim iria condená-los.

É assim também que muitas vezes reagimos ao pecarmos. Muitos de nós jovens ainda temos a imagem de Deus como um “castigador”, como um Deus distante de nós, que está com um “caderninho” anotando tudo o que fazemos de errado ou de certo. Um Deus que está bem no alto e nós, pobres pecadores, aqui embaixo, longe Dele.

Imaginando Deus como alguém distante ou “castigador”, acabamos por nos afastar ainda mais, pois pensamos que nunca iremos vencer os nossos pecados e, assim, não conseguiremos ser verdadeiros cristãos.
Como nos enganamos ao pensar assim! Como pecamos mais ainda ao ver Deus dessa maneira. Deus não é e nunca será um Deus “castigador”. Ele é AMOR! Amor que não se cansa de amar. Ele não reage “chateado”, “triste” ou com “raiva” quando pecamos. Sua ação é a mesma de sempre desde quando Adão e Eva pecaram. Quando caímos no pecado, a primeira reação de Deus é correr para junto de nós para nos ajudar a levantar e a vencer. Deus é amor, justiça e compaixão!

Na passagem do Filho Pródigo (Lucas 15,11-32), lemos sobre um jovem que optou por deixar a casa do pai para viver sua vida de maneira desregrada e sobre um pai que, ao ver seu filho voltar arrependido de tudo o que fizera, corre para encontrá-lo e lhe dá um abraço (Lucas 15,20). E ainda mais: ele dá para o seu filho novas vestes, novo anel, novas sandálias, manda matar um novilho e fazer uma festa. Enfim, restaurou a dignidade do seu filho, pois o filho “estava morto e reviveu; estava perdido, e foi achado” (Lucas 15,32).

Quanta ternura havia no coração desse pai! Quanto afeto por esse filho e quanta misericórdia! É possível imaginarmos, ao ler essa passagem, o pai dia após dia olhando a estrada, ao longe, com um olhar de esperança, de expectativa, de saudade, de lembrança... É possível também imaginarmos o nosso Pai do Céu a nos contemplar com esse mesmo olhar. Pai de Misericórdia!

Peçamos a graça de enxergarmos a Deus como o Pai que sempre ama seu filho. Filhos que somos cada um de nós, individualmente. E assim como Ele corre para junto de nós quando caímos, também nós tenhamos o desejo de correr para junto Dele e deixar que Ele, com seu amor, cure nossas feridas, dando-nos o abraço do perdão, as vestes e as sandálias de uma dignidade nova.

Corramos para o Senhor na Confissão, para que nos reconciliemos com Ele e recebamos todas as graças advindas da Misericórdia Perfeita. Busquemos o nosso Deus Vivo, Ressuscitado, que nos salvou, presente na Eucaristia. Tenhamos a mesma atitude do filho pródigo, que não se escondeu como Adão e Eva na sua situação de pecado, mas reconheceu quem ele era, necessitado do pai, do seu amor e humildemente voltou. O Pai, por sua vez, nos acolherá com alegria! Voltemos e juntos cantemos: “Queremos correr ao Teu encontro. Arrasta-nos Senhor! Inflama-nos de Amor”.

Leonardo Tertuliano - Missionário da Comunidade Católica Shalom
Fonte: Revista Shalom Maná e Portal Shalom

Esperamos te ver na PJ² nessas férias Léo. ;D Deus abençoe sua caminhada! 

Fiquem com Deus!

3 comentários:

  1. Um artigo do Leo! Bacana demais! Como sempre, palavras edificadoras as que saem da boca dele.

    Com o Dia dos Pais se aproximando, porque não nos aproximarmos também do nosso Pai Celestial?

    PS: Esperamos por vc na reunião da PJ, Leo!

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  2. Texto muito bom..Já tinha lido em outra ocasião...

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